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Problemas relacionados a medicamentos no tratamento da COVID-19

25/08/2020 às 14h46min

O uso Irracional de medicamentos é um problema de saúde pública, levando a ANVISA (agência nacional de vigilância sanitária) a estabelecer o uso restrito de muitos medicamentos exigindo uma retenção de receito no momento da dispensação.

Em meio a pandemia do coronavirus verificou-se que muitos medicamentos que eram de uso para outras patologias acabaram sendo utilizados no tratamento da COVID-19 levando muitas pessoas a procurarem as drogarias buscando uma automedicação, essas atitudes levaram ANVISA a classificarem os medicamentos que foram indicados no tratamento da COVID-19 como medicamentos de uso restrito podendo serem dispensados apenas com prescrição médica e sob retenção de receita.

Lembrando que medicamentos são DROGAS, e precisam ser utilizados apenas sob critério de profissionais de saúde habilitados e sob dispensação e orientação de um farmacêutico.

A seguir vamos relatar alguns medicamentos que aumentaram sua procura nas farmácias e drogarias e seus efeitos colaterais e riscos de intoxicação sem acompanhamento de um profissional de saúde habilitado:

 

Vitamina C: O uso de vitamina C aumentou mais de 100% na pandemia por coronavirus, porém seu uso requer atenção. O uso de ácido ascórbico (vitamina C) requer cautela em pacientes em  terapia anticoagulante concomitante; dieta restrita de sódio; diabetes; cálculos renais recorrentes; pacientes submetidos a exames de sangue oculto nas fezes; alguns produtos contendo ácido ascórbico Injetável contêm álcool benzílico, por isso deve ser evitado em neonatos prematuros; doses diárias a partir de 500 mg podem interferir nos testes de glicose na urina; altas doses durante a gravidez podem causar escorbuto no recém-nascido.

 

Altas doses podem levar à diarreia por irritação da mucosa gastrointestinal, aumentar à absorção de ferro e provocar uma sobrecarga de ferro, pode gerar nefrolitíase.

 

Zinco:  O zinco possui funções importantes no nosso organismo em doses diárias recomendada, porém seu excesso, como de qualquer outro mineral ou vitamina, é prejudicial à saúde. Pode-se dizer que ele é bem raro, já que a maioria das pessoas consome uma média baixa do nutriente. Porém, em casos de suplementação desregrada, podem aparecer sintomas de intoxicação.

Os problemas pelo uso em excesso podem apresentar como diarreia e mal-estar, que pode evoluir com o tempo para enjoos ou até mesmo vômitos frequentes.

 

Pode haver também uma certa sonolência, lentidão e sensação de estar pesado, cansado excessivamente e com letargia.

 

Muitas vezes se caracteriza também problemas como insônia e dificuldade para realizar tarefas simples, como ir trabalhar ou acordar cedo. O excesso de zinco vai agir no organismo como um todo e incomodar bastante.

 

Dipirona: A dipirona é um dos analgésicos mais utilizados em nosso país, ela possui ações analgésicas e antitérmicas, a mesma se enquadra como medicamento livre de prescrição médica (MIP), levando a uma maior procura pelo medicamento. Porem seus efeitos colaterais e reações adversas são extremamente prejudiciais como gastrite medicamentosa, problemas de hipersensibilidade, além de problemas mais graves hematológicos e Síndrome de Steven Jhonson.

 

AAS (ácido Acetil Salicílico): O AAS é um dos mais antigos medicamentos com poder analgésico e antitérmico, muito utilizados em formulações anti-gripais. Porém reações adversas significativas, principalmente sobre a coagulação sanguínea. Pacientes que utilizam medicamentos (anticoagulantes), pacientes com suspeita de Dengue ou mesmo pacientes com problemas de coagulação não devem utilizar o medivamento.

 

Cloroquina: A cloroquina é um medicamento muito conhecido com quase um século de uso na prática médica. Um fármaco amplamente utilizado no tratamento da malária e também posteriormente inserido no tratamento de outras patologias como o Lúpus.

Porém ele possui efeitos adversos que devem ser monitorados quando empregado seu uso, como exemplo: Cardiomiopatia que pode resultar em insuficiência cardíaca e em alguns casos com desfecho fatal. Toxicidade crônica deve ser considerada quando ocorrerem distúrbios de condução (bloqueio de ramo/bloqueio átrio-ventricular) bem como hipertrofia biventricular.

Problemas oculares, no sistema nervoso central e também renais são apresentados, com isso é importante o acompanhamento médico e farmacêutico durante sua utilização.

Fonte: Professor Rogelio Rocha Barros - Coordenador Coordenação do Curso de Farmácia.

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